A chuva molha as vidraças,
E surgem refletidas,
As lembranças...
E no opaco vidro,
Que nos fulgiu uma existência tão dolorida,
Não nos reconhecemos mais,
Quem diria!
Que as horas passaram assim por nós, toda a vida...
E seguimos imersos num mar de águas sombrias...
E vão-se nos - os corações -, despedaçados...
E tanto as almas, vazias...
E inda os corpos, cansados...
No chão,
As flohas esvoaçam num espetáculo de monótona beleza...
E à solidão,
Tocam nossos rostos,
Em toda uma delicada tristeza...
As indecisões da vida!
Vão-se nos - dos olhos -, em lágrimas aspergidas!
E à nossa frente, surgem num fulgor, tão nítidas!
Um sorriso...
Um olhar...
Fantasmas que inda insistem em nos assombrar!
Da vidraça embaçada, em tênues rostos, o fim...
A chuva fustiga as janelas!
Deságua a tempestade, enfim...
E em lágrimas, segue à tarde num chuvoso carpir...
E seguimos perdidos... As mágoas no rosto...
Cada um novamente si!
Cada um levando pedaços do outro...
Tentamos sorrir,
Mas, as lágrimas...
Elas insistem em cair!
(® P.O.Velásquez)
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
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