quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O Fim...

todos trazemos um pouco da loucura dentro da gente e gestos que para nós, são naturais muitas vezes o são irracionais para os outros,

ou como,

FALA A LOUCURA

“Digam de mim tudo quanto queiram (pois não ignoro como difamam a loucura até os que mais são loucos), eu, eu somente é que, pela minha influência divina, mergulho na alegria deuses e homens.(...)Sabereis por que à vossa presença compareço hoje em vestes tão esquisitas, se vos não cansardes de me ouvir. Não penseis, porém, que vós exijo a atenção com a qual honrais habitualmente os vossos pregadores. Não! Escutai-me como escutais os bufões,(...)os charlatães, os bobos das praças públicas(...)Serei sofista convosco, mas não falarei como os pedantes que hoje sobrecarregam a mente infantil de um sem número de ninharia(...)Portanto, eu(...)quero fazer um elogio, o ELOGIO DA LOUCURA.(...)obedeço ao provérbio: SE NÃO TENS QUEM TE ELOGIA, É BOM QUE TE ELOGIES A TI PRÓPRIO.(...)Sou, pois, como vedes, a verdadeira distribuidora de bens, a Loucura a que chamam os latinos STULTITIA, e os gregos MORIA. Mas que necessidade havia de vo-lo Dizer? Não me torna conhecidíssima minha fisionomia?(...)Em mim não pode haver fingimento nem dissimulação, e o meu rosto jamais reflete sentimento que não esteja no coração. Enfim, por toda parte, sou tão parecida a mim mesma que ninguém poderia ocultar-me, nem os que querem passar por sábios e por tais desejam ser tidos.(...)agora, portanto, ouvintes bem...como direi? Ouvintes bem loucos?...Por quê não? É o título mais honroso que a Loucura pode dar aos seus iniciados. Pois bem, ouvintes bem loucos, já sabeis, por fim, o meu nome(...)”

O ELOGIO DA LOUCURA
À Tomás More,
em 10 de junho de 1508.
Erasmo de Roterdã


então, caríssimos, vamos mergulhar na loucura que me vai à alma...

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